Pagamentos digitais: oportunidades e desafios no Brasil

Saiba como o país se destaca na inovação de métodos de pagamento, mas enfrenta desafios de inclusão. E conheça a importância das medidas de segurança para construir confiança e garantir o sucesso na era digital.
  • Por Redação Techpost
  • @redacao
  • 16 agosto, 2023
  • 3 min de leitura
Brasil se destaque em pagamentos digitais, mas enfrenta grandes desafios
Quando se trata de pagamentos digitais, o Brasil é um país que se destaca. Em 2021, por exemplo, o Pix, hoje tão popular entre os brasileiros, levou o prêmio da Fintech & Regtech Global Awards, na categoria “Inovação de Pagamentos”. Sendo disputada por Bancos Centrais de todo o mundo, a premiação considerou critérios como velocidade atribuídas à solução e eficiência.
Com lançamento previsto para 2024, segundo o Banco Central (BC), o Drex - versão eletrônica do papel-moeda brasileiro, que utilizará a tecnologia blockchain - é mais uma das inovações do brasileiras no mercado de pagamentos digitais. 
A chegada de tais inovações traz grandes benefícios para todos os envolvidos. Para os consumidores, significa uma maior agilidade nas transações e no acesso a serviços financeiros, muitas vezes inacessíveis anteriormente. Já para  as instituições financeiras, oferece a oportunidade de modernizar seus serviços, ampliar a fidelização de clientes e diminuir os custos operacionais. Enquanto o mercado em si, estimula a competitividade, e impulsiona o surgimento de novos investimentos.

Os desafios dos pagamentos digitais no Brasil no contexto social

Apesar dos muitos benefícios, os desafios dos pagamentos digitais no Brasil são gigantescos. Em um país de dimensões continentais, onde a internet não chega para quase 20% da população, 36 milhões de pessoas, segundo a Cetic.br, privilegiar meios de pagamentos digitais, pode significar ampliar a exclusão social no país.
Exclusão essa que já é evidente quando observamos a parcela da população que não tem acesso a serviços bancários básicos, incluindo conta-corrente e cartão de crédito ou débito - os desbancarizados. Cerca 38,5% da população adulta do Brasil não possui conta bancária e, desse grupo, a maioria ganha até um salário mínimo, de acordo com a pesquisa "Meios de Pagamento no Brasil". Deixando claro que quanto menor a escolaridade e a renda, maior é a proporção de brasileiros excluídos do sistema financeiro tradicional.
Nesse sentido, governo e instituições financeiras  precisarão ir muito além dos grandes avanços tecnológicos que não param, e olhar com atenção o contexto social multifacetado do país, que deixa considerável parte de sua população as margens das grandes novidades. 

Investir em segurança é cultivar a confiança dos usuários

As empresas brasileiras sempre demonstraram certa habilidade em estabelecer laços de confiança com seus clientes, e não tem sido diferente com os meios de pagamento digitais. De acordo com uma pesquisa da FIS Global, o Brasil se destaca como uma dos países com maior grau de digitalização em pagamentos, e indica que o brasileiro é um dos mais inclinados a adotar tecnologias de pagamento inovadoras.
Muitos especialistas acreditam que a escolha do meio de pagamento possui um aspecto cultural e que a evolução desses métodos está intrinsicamente ligada ao comportamento dos consumidores e à sua disposição para adotar novas alternativas de pagamento, que ofereçam maior conveniência.
Ainda assim, enquanto as transações financeiras se ampliam no ambiente digital, a proteção dos dados pessoais e financeiros dos usuários torna-se cada vez mais relevantes e preocupa a todos.  
Nesse sentido, investir em soluções de software que possuam uma arquitetura de segurança bem estruturada é fundamental para barrar acessos indesejados. Ao mesmo tempo, essas soluções também podem e devem proteger os usuários contra as ameaças cibernéticas, identificar atividades suspeitas e responde rapidamente a incidentes e muito mais. A contínua atualização e vigilância dessas soluções são os pilares que garantem que a segurança permaneça em sintonia com as táticas maliciosas empregadas por cibercriminosos.
Além disso, a segurança das transações significa também fortificar a confiança dos usuários nas instituições financeiras. Criando assim um cíclo virtuoso onde (quase) todos podem se beneficiar dos avanços e benesses dos pagamentos digitais.  
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